terça-feira, 4 de agosto de 2009

Definição indefinida.

Se eu pudesse dividir a vida em dois conceitos, não sei se teria grande êxito. Porém, acho-me confiante em estabelecer classificações, divindo resoluções em apenas duas caixas vazias e estas seriam, o racional e o sentimental. Exatamente as nove e quinze da noite naquele dia, já eu não me aguentava mais de pensar. Quando entramos no ínicio de uma relação, o racional nos basta. Mas e para aqueles que estavam sempre envolvidos tão cedo, no campo oposto? No final, nas idéias, o que nós buscamos? Pretendemos sempre buscar a idéia mais certa e racional, mas sempre com uma carta na manga por trás, seguindo nossos sentimentos. Portanto, seria meio dificil eliminar uma das duas opções, elas estariam assim, casadas, sem direito a divórcio. Não só em apenas relacionamentos, mas como um todo em uma busca literalmente do livre arbítrio de viver, quando precisamos resolver problemas, ou sermos críticos com nós próprios, os dois amplos campos necessitam de um equílibrio para uma definição de resposta. Ao entrar no elevador, a pergunta veio finalmente me visitar: sentimentalismo e racionalidade, equilíbrio definido ou vago?
Por mais que tenhamos que ser racional em alguns aspectos, nossa racionalidade pode falhar, pois nem sempre sabemos as atitudes e sentimentos das pessoas. Do lado ao contrário da imagem, o sentimentalismo pode ser fragilizado, ao estarmos cegos por algo forte. Quando estamos cegos, pela dor ou sofrimento, alguns conseguem achar a saída, optando pelo racional. Outros, continuam sofrendo, buscando ganhar o desejo de seguir um sentimento forte. Em uma competição, se sabemos a hora que vamos perder, por que simplesmente não nos rendemos? Temos a esperança de alcançar nosso objetivo. Isso não nos faz desistir. Mas muitos são os espertos que sabem seus limites, pois ao tentar sempre a mesma coisa, parecem idiotas perdendo o precioso tempo. Aos poucos, as pessoas estudam o que sentem e tomam medidas racionais. Ou irracionais, quando ouvem demais o coração. Ao fazer a tabela de prós e contras, uma medida deve ser tomada. E não adiada, não esquecida. Então, meu interfone tocou. Por mais racional que eu pudesse ser, não podia atender. Mas ele tocou novamente. Eu não atendi. Eu apertei o botão que abria a porta. Quanto mais os segundos passavam, mais eu ouvia o meu coração. Mas seria eu tolo? Se era a medida certa ou racional a ser tomada, nunca descobri. Quando a porta abriu, ele me abraçou. Fiquei ali parado, queria que o tempo congelasse. Ao sentir seu carinho, seu cheiro, nosso momento. No final, eu senti na pele o quanto os sentimentos marcavam mais. O quanto valiam mais. O quanto a minha felicidade preservava isso. A resposta não era complicada. O coração no final, tem o dom de mandar, afinal é unicamente ele que decide ser racional ou não. Quando este é racional, o equilíbrio se torna definido. Mas quando não é, aí são outros quinhentos. Então... eu podia ver uma luz, eu conseguia sentir o seu calor... Entrelaçamos as mãos e desaparecemos da realidade.

Um comentário:

  1. Esses seus textos mais positivos são lindos! Você devia escrever mais desse tipo.

    ResponderExcluir