quinta-feira, 10 de junho de 2010

Equilíbrio entre a ação e a análise.




"A palavra é de prata, o silêncio é de ouro."

A Linguagem que o mundo nos propõe nem sempre é ouvida por nós. Isso é um eterno desperdício. Linguagem não é só fala, mas sim sinais. Se você tem dois ouvidos, você deveria escutar mais do que falar. Se tem dois olhos, é porque é necessário observação. Só se progride na vida com experiências. Cada uma delas, deve ser colhida e guardada em uma caixinha. Quando precisamos rever situações, a abrimos e pronto. Só falta se lambuzar com o empuxo das lembranças, que nos fazem transbordar de emoções. Quando se abusa das palavras, com vocais além da conta, a pessoa desvirtua sua própria atenção, deixando a melodia passar despercebida sob seus ouvidos. Que no momento, só servem de decoração.

A Linguagem do mundo só pode ser ouvida pela intuição. Ela está entre nós, porém é muito sutil e nada nos revela, apenas sugere. Por mais que você vanglorie o princípio da ação, é errado fazê-lo, sem antes analisá-lo. A Linguagem do mundo nos lembra, que tudo deve ser feito com reflexão. Quando agimos de forma impulsiva, nem sempre realizamos aquilo que desejamos e podemos cometer erros imprencendíveis. A liberdade tem o seu preço: o livre-arbítrio; e esse, por sua vez, também possui o seu peso: a escolha do caminho correto. Uma vez escolhido, não há como voltar atrás.

A personalidade se desenvolve do interior para o exterior. O estudo da intuição acontece quando nos reservamos, praticando o nosso autoconhecimento. Porém, às vezes podemos agir de uma forma introspectiva demais e nos isolarmos do mundo a nossa volta. É bom estarmos atentos para não escondermos coisas demais, assim poderemos nos tornar muito passivos e fugir de nossos problemas, quando o melhor é resolvê-los. Experiência, lembra?

Os domínios da intuição para o despertar de nosso sexto sentido é o reino dos segredos. Aprender a usá-lo de forma correta é a chave para o sucesso. Deve-se saber a hora de falar e de se calar. Quando crescemos em nosso interior e nos conhecemos, aprendemos mais sobre as pessoas a nossa volta. E acabamos por julgá-las, de um jeito menos intenso, bem mais humano.

Quando nós não conhecemos nós mesmos, isso atua como uma sombra em nossas relações. Devido a falta de autoconhecimento, atraímos situações em que nada parece ser o que é. As aparências passam a nos enganar, traímos e somos traidos, refletindo a nossa traição interna. Velhas mágoas povoam o nosso relacionamento, pois não conseguimos ser nós mesmos (nós não sabemos totalmente quem somos), já que carregamos de outras relações mágoas, saturações e ressentimentos.

Quando tudo do passado invade o nosso presente, isso indica assuntos intermináveis. Pontos finais que não foram postos. Quem se satura em uma relação, proveniente das outras, não foi porque não teve tempo de descanso. Foi porque não soube esvaziar sua mente de uma forma saudável (ou considerável).

Acreditamos que somos enganados, que nos escondem algo e muitas vezes isto até é verdade, pois atraímos o que somos e na verdade, SOMOS NÓS que escondemos dentro de nós os segredos do equílibrio, não deixando que eles se revelem. É preciso ter diálogo com o outro. Geralmente já temos a solução, e ela só precisa ser compartilhada.

Para terminar. O início de um ato (o primeiro passo, a vontade, a atitude, a ação) e a análise desse algo (a reflexão, a síntese, a pesquisa, a Linguagem do mundo) são as pilastras internas para as grandes realizações, sem as quais nenhum processo pode ser alicerçado. Eles são essenciais para os entendimentos de nossas insatisfações, do sucesso sem prazer, do amor sem paz. Se eles não forem compreendidos, temos a a sensação de vazio e um sentimento de que somos fraudes, pois poderemos enganar o mundo, mas não a nós mesmos. Seremos embusteiros (por agirmos impulsivamente, na hora de darmos o primeiro passo), e muito acomodados (muito passivos e introspectivos) num mundo que não conseguimos compreender, nos isolando dele e dos nossos semelhantes, sem muita possilibilidade de evolução.

Já que a verdadera evolução vem de dentro para fora e não o oposto, como geralmente, as pessoas nos fazem acreditar.

Um comentário:

  1. "Já que a verdadera evolução vem de dentro para fora e não o oposto, como geralmente, as pessoas nos fazem acreditar."

    Realmente me sinto emocionadas com essas palavras, me indentifiquei muito com o escrito, principalmente com esse trecho do texto. "como água debastando pedra", o aperfeicoamento interior é algo tão delicado quanto importante, para todos, em uma vida. É algo do qual não podemos fugir, é natural, mas não obivio.
    Me veio agora que a razão de buscarmos tudo isso, além do proprio conhecimento sobre a existencia, junto a maturidade vem a paz. O prazer e a capacidade de reconhecer o que é valioso, bom, e saudavél.É a tranquilidade, a despreocupação exagerada, a compreensão.Conquistamos o tal desejado equilibrio.

    Parabéns, depois vamos conversar mais.Você sabe que eu estou muito ocupada com a uerj que está chegando, to revisando muita coisa; era para eu ter te ligado pra dar um sinal de vida e dizer que eu não me esqueci de entegar o fone do seu pai. ( Isso parece coisa e mãe, que aproveita pra deixar no bilhete um recadinhos de ultima hora!"Rafael, lave suas cuecas" HAHAHAHAHHA)
    Beijos garoto.

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