quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escalada.

Imagine uma reta. Sim, ela é bem longa mesmo. O final, você não consegue ver qual é e o ínicio... Ah, o ínicio! Digamos que ele esteja bem longe da onde você se encontra, que nem ao menos se lembra qual é. Você até o conheceu, mas é uma vaga lembrança cuja, presença, assim como o atrito, em muitos casos, é desprezível. Quanto se tem um objetivo travado, o desejo é de completá-lo. Mas realmente você pensou que fosse fácil? Nesse caminho grotesco, tudo de ruim irá acontecer, para que você desvie do desejo que possui de chegar até o final. Cabe a todos que nela se encontram perdidos ou não, cursá-la, sem desviar do trajeto. Falando sobre a reta... Uma reta nunca é totalmente reta. Já usou uma lupa? Não me responda, enquanto eu escrevo. Deixe-me continuar... Voltando, sim, pois bem. Ela tem para lá os seus defeitos. Uns lugares elevados aqui, outros mais baixos. Então não é fácil, também se fosse, não teria graça nenhuma. Você tem direito de parar, mas lembre-se de que o tempo passa e ao perdê-lo, assim como uma chance disperdiçada, uma volta impossível. Tudo o que passa nessa reta rege a você. Por isso, a chave para o sucesso, ou chegada, não é pensar em chegar no final, e em como vai chegar. Simplesmente você vai estar lá quando menos perceber. A preocupação da velocidade, proporção, meios te desfoca. O real importante é assim a escalada. É o seu trajeto. Afinal de contas, quando você chegar até o final, tudo já terá acabado não é mesmo? Como cada coisinha que você no seu dia-a-dia pretende fazer, se concentre no caminho percorrido e é claro em como começar. Sem o primeiro passo, os próximos tomados não apresentam alto valor construtivo. Para falar a verdade, nenhum. Dar o devido valor para aquilo o qual pertencemos e vivemos. Isso parece simples. Eu sempre digo para prestarmos atenção naquilo que nos passa. Nem tudo conseguimos captar. Alías, quase nada. Pegamos o pouco que nos convém. Ao contrário de você que vive retrucando o que eu falo, deveria me escutar dessa vez, pois quem segue a sua vida é apenas você:
Eu sei! Eu sei disso.
Sabe é o caralho! Finge que sabe e se engana depois. Engane a todos, mas verás que no fim do labirinto não há saída nenhuma. Só o seu lerdo reflexo, passado e estagnado. A si próprio você não terá forças para se confundir. Você fala demais e fazer? Não ligue para os danos. É importante se machucar. Nem tema o díficil. Trajetos sozinho, acompanhado, com luz, sem luz. Tudo tem um propósito:

Linha do tempo! Ô... Linha do tempo. Passado, presente e futuro. Sumam!
Apenas continue seguindo, quem sabe o horizonte não te dê um belo sorriso?
Ps: se ele sorrir(seu idiota), não deixe passar, é claro.

2 comentários:

  1. Bem pessoal, mas é ótimo.Digo que a carapuça servil pra mim em muitos momentos, talvez porque tenha se lembrado de mim, talvez porque passamos pelo mesmo momento, talvez porque eu tenha simplesmente me identificado por ser um ser humano.
    Sim, devemos seguir nossa “reta”, mas não podemos nos esquecer que essa “reta” é nossa vida e ao contrario da reta desenho, a gente pode começar uma outra “reta” e construir um novo “fim”.Nossa vida é um polígono irregular, trocamos de direção e sentido mas no fim retornamos de onde viemos, do pó, do nada.
    Desejo a você uma bela, sinuosa porem tranqüila, reta de vida.E que consiga chegar aonde espera, sem muitos desvios desagradaveis.

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  2. Porra Sarah, comentou tudo que qualquer pessoa poderia comentar.


    Texto lindo, e um lindo comentário que acredito que valha para todos.

    Adorei.

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