segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crepúsculo.

Entre o caminho que sempre me fora o mesmo, exceto pelas mudanças estacionais, encontrei uma pepita de ouro. Se não fosse pelo outono que passara rápido, talvez esta ficasse escondida reluzente, entre as folhas secas amareladas. Bem ali entre as flores púrpuras, ela brilhava praticamente imperceptível.

Não a peguei, pois não pertencia a mim. Unicamente à paisagem, que com ela se tornara tão livre, tão bela.
Mesmo que fosse ingênuo, torci para que um dia eu pudesse encontrá-la novamente.

Mais a frente, por trás dos galopes montanhosos, percebi o maravilhoso pôr-do-sol. Como uma bola de fogo queimando pouco a pouco as maçãs de meu rosto. Sabia que não duraria muito, então nem precisei de esforço para desfrutar do seu espetáculo. Ali parado, fiquei.

Agradeci, suspirando.
Ainda bem que ninguém podia roubá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário