terça-feira, 23 de junho de 2009

Neblina.

Quando me deparo entre a realidade e o sonho, me vejo vagando perdido, por causa dos não limites encontrados. De repente sonhamos com tudo o que de fato, nos agrada, e no que nos deixa felizes. Mesmo assim, entre a ponta de um e o ínico no outro, traço uma corda, para ver até onde eu chego, até onde posso caminhar, mas é impossível prever qualquer limite. Queria delimitar exatamente como os Trópicos de Cancer, Capricórnio e O Equador, mas geograficamente não consigo me situar, achar minha posição, minha latitude ou longitude. Os anos passam e colocamos aquilo o que sonhamos em frascos. Alguns frascos são maiores que os outros, outros são menores. De repente um frasco pode ser aberto e tudo o que você idealizou e guardou se torna em questão de segundos uma realidade. A realidade porém pode ser fantasiosa e machucar com ilusões causadas. Isso acontece, pois nunca conseguimos discenir o que pode ou não acontecer, o que seria real, fixo ou passageiro. Quando o frasco é aberto, é difícil de fechá-lo, pois gostamos de presenciar o sonho que está acontecendo. Mas nem sempre o sonho pode continuar e ao forçarmos, nos batemos com um muro de tijolos vermelhos. Mesmo perdido, e me ausentando em saber aquilo que sou formado, paro de me fazer perguntas sobre como tudo se criou, ou seja se essa é realmente a realidade ou não. Quem sabe a vida possa ser um sonho, esperando ser acordado? Independente disso ou não, esse curso é preciso ser vivido com boa intensidade, afinal não sabemos se é o único que existe. As decisões da realização de cada sonho unicamente pertencem aquelas que são seus portadores. Eu mesmo com os pés no chão, não entendo, muitas vezes a atitude de muitas pessoas, ou seja, a própria realidade de todas elas. Me confundo ao decifrar o que querem ao que buscam. A vida dá voltas e tudo é um ciclo. Por isso que ao voar, consigo retornar ao meu chão.
Eu não sabia se existia, não sabia onde estava, mas estava certo do que eu sentia e tomei uma decisão. O que é confuso não era mais. O dono da vida, sou eu. Tirei assim, a neblina do meu coração e agora enxergava tudo com exatidão. Se existo ou não, não posso responder, mas meu espírito vibra, simplesmente por acreditar que existo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário