segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O stress do descuido.

Onde está, onde está?; Onde está o que? ; Não é da sua conta. Já procurei em toda casa e não encontro em lugar nenhum; A mulher se levantou e começou a revirar todo o quarto.; Preciso deles para ir trabalhar. São importantes; O que? ; Cala a boca. Vai estudar, que você tirou nota baixa em matemática; Mas foi o professor que não considerou alguns pontos; Faça o que eu estou mandando!; Mas o menino continuou parado ali. A mulher revirou o armário, as gavetas e nada de achar tal objeto perdido. ;Você é muito lerdo. Você já pensou em fazer alguma atividade física? ; Não, mãe. Nunca pensei. ; Você não presta atenção nas coisas a sua volta, fica só vendo televisão e não ouve meus conselhos. Onde será que eu botei? ; Assim, terminou de se vestir. Anotou observações e deixou na geladeira para a empregada seguir. Passou perfume. Abotoou seu paletó feminino. Colocou seu par de sapatos e pegou sua maleta. ; Vai arrumar seu quarto, também. Ele tá uma zona; Tá bom mãe! ; Fala direito comigo; Tá bom mãe... ; Foi para o banheiro e procurou cômodo por cômodo e nada de achar o que procurava. ; QUE MERDA! Já estou atrasada! ; O que procura, mãe? ; Não te interessa, porra! Você não iria saber onde eles estão. ; Não sei o procura, você não me disse! ; A mãe olhou com um olhar desafiador para o menino e pronunciou em um tom alto: Os meus ocúlos, Frederico, os meus ocúlos! ; Ah, eles estão na sua testa mamãe; Disse o garoto sorrindo. E, então, foi arrumar o seu quarto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário